segunda-feira, 18 de julho de 2011



Alice Canavó



O que aconteceria se um garoto de sete ou oito anos dissesse a seu pai que gostaria de ser bailarino? Segundo Sabrina Vasconcellos Weissheimer, mestre em Educação, área de concentração Educação Física e Saúde, e professora das Faculdades Integradas de Palmas Paraná, seguramente provocaria uma discórdia familiar perante a idéia de que a dança é uma necessidade feminina; e faria com que o menino se sentisse desestruturado diante de uma necessidade que é própria do ser humano. “Em nossa prática pedagógica com dança-educação-arte, tem-se constatado certos preconceitos quanto ao homem que dança. Gostaria que todos refletissem e indagassem sobre o porquê de tantos preconceitos, pois sabe-se não haver povo sem dança e, neste início de milênio, ela é apreciada em todas as suas formas”.

Para a mestre, conceitos de que o homem não chora, não sente dor, é dominante, forte, racional e a mulher é submissa, frágil e intuitiva, fazem refletir e questionar sobre os problemas de preconceitos, discriminações e, consequentemente, sobre muitas injustiças existentes em vários setores da sociedade. “A dança não é privilégio apenas do gênero feminino, ela é arte compatível a ambos os gêneros. Infelizmente, está claramente permeada por preconceitos impostos pela sociedade, que coloca em dúvida a virilidade e a masculinidade do homem que a pratica”.

Sabrina afirma que, atualmente, a sociedade estipula papéis ou funções diferenciadas para homens e mulheres. Diante dessa realidade, deparam-se com a problemática dos preconceitos. “A própria sociedade os cria em relação ao trabalho, a profissão e as atitudes. Nesse sentido, o campo abrangente e ilimitado da dança torna-se restrito e privilégio somente de alguns, quando tem a possibilidade de permitir o desenvolvimento universal dos sujeitos, independente de gênero, cor, credo ou ideologia”.









                            
                    
post: Smuel Augusto
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